Dica de filme: O Dilema das Redes
Tão bom quanto compartilhar dicas de livros através das resenhas que faço, é compartilhar também o que assisto. Resolvi estrear aqui no site um novo quadro de Dicas de Filmes, mas também me sinto livre para indicar séries e até mesmo canais do YouTube, se assim eu desejar. Serão dicas informais, apenas baseadas no meu gosto e no que eu achar relevante. Espero que gostem! O Dilema das Redes Já vi esse documentário umas três vezes, duas sozinha e a terceira com uma turma de alunos meus. O filme é um documentário que mostra como funcionam as redes sociais, em especial tudo que envolve o funcionamento dos algoritmos e a monetização de conteúdo e anúncios. Ex-funcionários de empresas como Twitter, Google, Facebook e Instagram (atual Meta) que trabalharam na parte de programação e criação de algoritmo para essas empresas falam sobre como começaram com essas criações e o que foi acontecendo após esses novos recursos serem criados. Em resumo, os algoritmos têm vida própria e prender a atenção do usuário pelo máximo de tempo possível nessas plataformas passou a ter grande valor comercial, o que deu origem a monetização de anúncios em larga escala. Um dos entrevistados afirma “se você não está pagando pelo produto, há grandes chances que você seja o produto”, ou, no caso, sua atenção. O documentário fala também da forma distorcida que as redes sociais influenciam as pessoas e as sociedades, a ponto de influenciarem eleições presidenciais. Ele narra o impacto do micro para o macro, do universo interno de crenças de uma adolescente em relação a sua aparência até às fake news que impactaram diversas decisões políticas ao redor do mundo. Aproveitando o tempo de férias, indico esse documentário a todos que são ativos nas redes sociais. Não para que tenham horror a elas ou deixem de utilizá-las, mas para que não as utilizem com olhares inocentes como se fossem simples plataformas de socialização online. As redes sociais são espaços públicos, tão públicos quanto andar na rua — talvez nelas estejamos até mais expostos — e acredito que precisamos ter consciência disso e de como elas funcionam para desfrutarmos desses espaços com sabedoria.