O filme pode ser uma animação, mas não é só para crianças. Pachamama (2018) é um filme que aborda a história das invasões espanholas no território do império Inca (do atual Equador ao norte do Chile), pondo em risco a natureza, a economia e as práticas religiosas e mesmo a vida dos povos locais.

A história do filme é sobre Tepulpaï, um menino que vive em uma pequena aldeia Inca e sonha em ser xamã. Para isso ele busca uma conexão espiritual com Pachamama (que os Incas entendem como uma representação da união entre o planeta Terra, os astros, a eternidade e o mundo espiritual) que no filme é representada como a própria Terra, mas sem compreender bem os valores espirituais de seu povo e de sua cultura.

Apesar da história de Tepulpaï em primeiro plano, o filme é uma verdadeira lição sobre a ganância, os excessos e a necessidade de valorização do simples, do que realmente importa. Além, é claro, de chamar atenção para toda uma civilização latino-americana que tinha sua organização própria e foi destruída pela intensa exploração e guerras em seu território.

O respeito à natureza e aos povos locais — e as conexões afetivas que existiam entre as pessoas e das pessoas com a natureza local — são o tema central do filme. E como eu também tenho um grande amor pela natureza, me emociono toda vez que vejo (já vi duas vezes) ou ouço a trilha sonora.

Pachamama é um filme que acho incrivelmente lindo e tocante de todas as formas e indico para todos que se sentem conectados à natureza, mas especialmente se você for latino-americano.

Vou deixar aqui o trailer com a música-tema, que é belíssima!

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