Carollina da Costa Barbosa

Pesquisadora – Professora – Escritora – Revisora – Mestra em Linguística Aplicada

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Month: August 2020

Ser Terapeuta: Como não misturar as emoções durante o atendimento

Posted on 19 de August de 202030 de September de 2025 by carollinaterapeuta

Quando eu estava no final da minha formação em Terapia Floral, um dos ensinamentos que minha professora passou para turma foi a importância de mantermos nossa posição de observadores durante o atendimento terapêutico. A necessidade de relembrar a “linha” que separa o nosso universo interno do universo do outro e qual é o nosso papel no momento do atendimento era e é fundamental para que pudéssemos dar o melhor de nós a cada um que buscasse por nossa ajuda.Foram muitos os exercícios mentais e os aprendizados que tiramos de cada um deles, não só para os atendimentos, mas também para nossa vida diária.Nesse post irei falar um pouco sobre esses dois pontos. O processo de aprendizado Foram muitos exercícios mentais de visualização, autoconhecimento e meditação que recebemos durante esse processo. Irei tentar resumir esse processo mantendo os principais pontos que aprendi. As primeiras pessoas que começamos a tratar, ainda durante o curso, foram nós mesmos. Além de sermos terapeutas uns dos outros a cada duas ou três aulas para treinar o uso das fichas de anamnese, também éramos terapeutas de nós mesmos, praticando o processo de autocura. Por ser um curso que une os tratamentos de florais, cromoterapia e cristais, nós nos prescrevíamos florais, praticávamos exercícios de visualização com as cores e meditação com cristais de acordo com o autoatendimento que fazíamos. E se engana quem pensa que a professora lia nossas fichas e nos indicava os tratamentos como se fossemos clientes dela. Nós fazíamos as fichas e as autoanálises, conversávamos com ela sobre nossas conclusões e ideias de tratamento e ela, como a boa mestra que confia no que ensina, dizia “Tente e depois me diga os resultados”. E sempre tínhamos resultados. Não lembro de ninguém ter dito “Fiz o tratamento X e não mudou nada”, mas lembro com clareza das nossas autodescobertas, de como começamos a enxergar coisas em nós que não víamos antes – ou porque não conseguíamos ou porque não queríamos – e como isso foi transformando cada um de nós. Éramos uma turma no primeiro dia de aula e outra no último. Não tem como eu detalhar cada exercício nem tratamento, pois foram vários, mas posso deixar alguns pontos gerais sobre o que fazíamos:• Meditações guiadas; uma sugestão que eu dou é a meditação de 21 dias do Deepak Chopra• Cromoterapia; podem ser visualizações ou uso das cores• Leituras; indico o livro Os Quatro Compromissos, de Dom Miguel Ruiz. É uma leitura que fala sobre alguns ensinamentos da filosofia Tolteca, visando o autoconhecimento que nos possibilita enxergar o que é nosso e o que é do outro Sobre os Cristais, tenho um artigo aqui no blog dedicado exclusivamente para esse tema. Você pode ler na íntegra clicando aqui. Aplicando no atendimento e no dia a dia Por mais que isso seja dito é sempre bom repetir: o autoconhecimento é transformador. A clareza de entender o que nos faz bem ou mal, os detalhes do dia que podem melhorar nosso humor ou piorá-lo, dentre outras coisas, nos permite saber quando estamos agindo e quando estamos reagindo. No caso dos atendimentos, nós, terapeutas, precisamos dar a quem nos procura um espaço de tranquilidade e segurança para que a pessoa se sinta confortável em falar conosco. Agora imagine se a cada atendimento que fizéssemos nós absorvêssemos o humor e os problemas que o cliente nos trouxesse, como ficaríamos para atender uma pessoa após a outra pessoa? E como nós ficaríamos no fim do dia, quando terminássemos todos os atendimentos, SE conseguíssemos terminar? Pois é. Os exercícios de autoconhecimento e autocura que minha professora nos ensinava tinham como principal objetivo nos ajudar a reconhecer quem somos nós e o que é nosso para que a gente pudesse sustentar esse espaço de segurança e tranquilidade que todos os clientes que nos procurassem precisavam encontrar. E essa separação também envolve separarmos os nossos problemas pessoais dos problemas que as outras pessoas nos apresentavam quando pediam ajuda. Para que o nosso trabalho fosse bem realizado era preciso colocar de lado nossos problemas pessoais e nossa “tagarelice interna” para ocuparmos o lugar de observador que nossos clientes tanto procuram. A grande questão é que autoconhecimento, uma vez iniciado, não é algo que se limite a uma única área da nossa vida. Então, além da questão profissional, inevitavelmente começamos a aplicar todo esse aprendizado em nossa vida diária. Como estamos sempre em constante mudança – ou deveríamos estar –, o autoconhecimento não tem fim. E quanto mais nos conhecemos e sabemos quem somos, menos nos sentimos pessoalmente envolvidos nas questões das outras pessoas. Falei nesse artigo um pouco sobre o impacto da visão do outro sobre nós em nossa vida, mas os efeitos do autoconhecimento vão além desse aspecto. Autoconhecimento é ter a humildade e a dignidade de querer se conhecer para além daquilo que você apresenta para os outros no seu dia a dia. Humildade para olhar para si sem expectativas do que vai encontrar, sejam coisas boas ou ruins, e dignidade para olhar com respeito seus pontos fortes e suas fraquezas. E repito, quanto mais nos conhecemos melhor sabemos o que é nosso e o que é do outro, sem carregar bagagens alheias e nem nos escondermos das responsabilidades que nos cabem. Muito do que aprendi e ainda aprendo em meus estudos de terapias holísticas trago para a vida diária para um autotratamento sem fim. Antes de sermos terapeutas capazes de mediar as autodescobertas de outras pessoas, somos também terapeutas de nós mesmos, nos observando, trabalhando nossas questões internas e nos curando. Com certeza esse foi o maior aprendizado que tive sobre tudo o que estudei sobre terapias até hoje.

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CONTATO: contato@costacarollina.com.br

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