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Em março desse ano completei 10 anos de UFRJ.
Desde minha graduação até a finalização do meu mestrado, sempre me senti ouvida, vista, respeitada e até mesmo corrigida de formas que só me fizeram querer estar cada vez mais ali e ter a certeza de que é sim o meu lugar, ao contrário do que sempre ouvi quando caminhava longe de seus portões.
Celebro esses 10 anos da melhor forma: com a publicação de uma dissertação que quase não nasceu e, até mesmo pelas dificuldades da jornada, me é tão cara.
Que me venham mais 10 anos de UFRJ, com muitos aprendizados e crescimento!
Minha dissertação de mestrado está disponível na Base Minerva da UFRJ, com acesso público e gratuito.
RESUMO: O presente trabalho explora a prática da escrita como ferramenta de construção de identidade e expressão pessoal, com ênfase no contexto das redes sociais e da pandemia de COVID-19 a partir da análise de duas entrevistas narrativas semiestruturadas com escritoras parcialmente anônimas que conheci em coletivos virtuais e com as quais desenvolvi afinidades devido às experiências que compartilhamos nesses espaços. A pesquisa busca compreender como a prática escrita contribui para a construção e reconstrução da identidade de escritoras, abordando a relação entre narrativas pessoais e autoconhecimento. Os objetivos específicos desta pesquisa consistem em examinar as narrativas das participantes a respeito de seus processos de escrita, investigando de que maneira essas vivências configuram suas identidades enquanto escritoras; explorar a escrita como instrumento de catarse e analisar sua influência no contexto da pandemia de COVID-19, incluindo os impactos do ambiente digital na prática literária, além de discutir a concepção de autoria e suas definições. Minha proximidade crítica sendo escritora, atual amiga das entrevistadas e pesquisadora dialoga com a proposta de uma pesquisa voltada para o campo da Linguística Aplicada Crítica. As considerações finais desta pesquisa evidenciam a possibilidade do uso da escrita para fins distintos da educação formal, destacando seu papel na construção identitária e na expressão individual; além de ressaltar a necessidade dos usuários das redes sociais se responsabilizarem pelo conteúdo que compartilham, especialmente no que diz respeito a autoria dos conteúdos.
