Lançamento: O Singular do Dual, 2ª edição
Lançado em 2018 de forma independente e fora de circulação desde novembro de 2023, meu primogênito O Singular Do Dual volta para minhas mãos através da Editora Viseu para um lançamento nacional e internacional. Renovado e mais alinhado em si mesmo e com seu propósito, o livro apresenta poemas em inglês e português que convidam o leitor a refletir sobre a multiplicidade humana através da minha visão singular dos detalhes cotidianos. Veja abaixo a lista de lojas onde você pode adquirir o seu exemplar: AmazonBRAmazon USAAmericanasBarnes & Noble (EUA)Wook (Portugal).Google LivrosKoboUmLivroEstante VirtualAppleBRAppleUSAbol.de
AVISO – Leia até o final!
Queridos seguidores, há um ano minha interação no mundo virtual mudou radicalmente por essa razão (clique aqui). Sendo assim, reforço o aviso de que: Independente de qualquer vínculo que eu possa ter tido anteriormente, todo tipo de contato que você receber mencionando meu nome, não fui eu que iniciei. Caso tenha dúvidas, pode entrar em contato comigo diretamente pelo formulário de contato do meu site. At.te. Carollina da Costa Barbosa
1º de maio: sobre o trabalho intelectual
©Texto autoral. Todos os direitos reservados. Apenas um meio para um fim, é como nossa sociedade enxerga o trabalho. Professor é um trabalho reconhecido, revisor é reconhecido no meio em que trabalha, pesquisador é um trabalho invisível se você não estiver num laboratório de jaleco branco e escritor nem é reconhecido como um trabalho de fato. Todo tipo de trabalho é importante e necessário em nossa sociedade, porém neste Primeiro de Maio venho ressaltar a importância do trabalho que não tem apenas um fim monetário, utilitário, na “roda de ratos” da economia. E que, sem ele, nem mesmo os sistemas econômicos existiriam tal qual os conhecemos hoje.O trabalho intelectual abrange uma variedade de atividades que envolvem pensamento crítico, criatividade, pesquisa e análise, além de ser um dos responsáveis pela perpetuação dos conhecimentos de povos e culturas através de professores, filósofos, escritores e artistas, por exemplo.Mesmo na atualidade, com a criatividade sendo cada vez mais comercializada — ou mesmo explorada — em diversos serviços, o impacto social do trabalho intelectual não é necessariamente imediato, porém sua relevância é inegociável.Um feliz dia do trabalho a todos os tipos de trabalhadores!
Celebrando o ano 8 “Sob a força de Saturno”
Refletindo sobre 2024, um ano 8 em que Saturno, ou Cronos, traz sua colheita implacável, me recordo da minha primeira entrevista dada ao jornal O Fluminense. Lá em 2017 eu já sabia da força e poder que esse astro tinha, e sempre me lembro do quão grande é sua importância em meus caminhos…. Leia aqui a entrevista completa
Revisão do livro “Felizes agora e para sempre” de Luana Schrader
É com imenso prazer que fiz parte desse belo trabalho criado pela escritora Luana Schrader! Em “Felizes Agora e Para Sempre” conhecemos Anya e Mikael, dois opostos que inevitavelmente se atraem e abrem espaço para inúmeras histórias (auto)descobertas! Clique aqui e comece a ler!
Resenha (Book Note) para Cambridge University Press
Já está disponível minha primeira publicação acadêmica! É singela, porém muito significativa. Leia minha resenha (book note) do livro “Global perspectives on youth language practices” para a revista internacional de sociolinguística Language in Society.
Crônica: Sororidade em qualquer idade
©Todos os direitos reservados Nem tenho mais dedos para contar a quantidade de adversidades que me aconteceram depois de publicar essa crônica. E a cada adversidade latente, republico-a de novo e de novo incansavelmente. Minha escrita tem novos planos, estradas e voos, mas minhas crônicas sempre terão um espaço especial. Compartilho esta crônica novamente para que você, mulher que se sente só nessa trajetória, compartilhe e confirme suas companhias. Garanto que irá se surpreender, só não sei como. 12/09/2022 Outro dia estava relendo anotações que fiz do livro Sejamos todos feministas, da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Nesse livro ela conta que na Nigéria, o mais alto ponto de realização social que uma mulher pode chegar é ter um marido. Há até mesmo uma espécie de ditado popular que diz que é melhor ter um mau marido do que marido nenhum, mesmo esse “mau” podendo significar muitas coisas. Sou brasileira, mulher, escritora, professora, estudante de pós-graduação e quanto mais eu busco entender o porquê de ainda existir esse tipo de validação social mesmo com as mulheres já se dedicando a outras partes de sua vida, vejo também que esse tipo de valorização se replica. Não é só na Nigéria que se alimenta a ideia de que conquistar um marido é o suprassumo da vida de uma mulher. Também vejo isso no Brasil, porém, em alguns círculos, de modo mais velado. Sou de uma geração de mulheres que se dizem feministas em alto e bom som, vão a passeatas, compartilham postagens na internet e até têm fotografias de pensadoras penduradas nas paredes do quarto ou da casa, mas na hora de pôr o discurso em prática tudo muda de figura. É fácil fazer correntes de Facebook, WhatsApp e Instagram apoiando aquela famosa X na causa Y, se solidarizar com a realidade da moça A, festejar o sucesso da moça B, mas não é tão simples fazer o mesmo quando essa moça é sua vizinha, sua parente, sua amiga ou colega de trabalho. Uma união que deveria ser do micro para o macro fica apenas no macro, apenas na realidade aparente, pintando figuras e afetos que não se sustentam além dos 15 segundos de um stories. Já ouvi mulheres mais velhas comentarem dessa mesma falta de união entre suas colegas de geração, porém, ao menos no caso delas, é algo mais exposto. É dito na cara, ou melhor, logo se vira a cara. É doído e triste, mas ao menos é honesto. Antes fossem todas assim, diretas e honestas em qualquer idade. Já ouvi que sou “muito focada no que eu faço” em tom de crítica e que estaria tudo bem faltar a uma reunião de amigos se eu fosse em um casamento, mas jamais por motivos de trabalho. Acontece que nenhum dos pouquíssimos e brevíssimos relacionamentos que já tive — e não gostaria de ter nenhum de volta — chega aos pés da paixão que tenho pelo que faço. Veja bem, não sou contra ter uma companhia, de preferência uma que seja boa, mas acredito que fazer disso o centro das realizações de uma mulher já não cabe mais. Talvez alguns séculos atrás, quando ainda éramos vistas como uma propriedade passada de pai para marido e de marido para filhos, mas hoje já temos uma meia dúzia de direitos que nos garante certa autonomia. O curioso é que, de todo peso e cobrança social existente, o que as mulheres podem exercer umas sobre as outras é o mais dolorido. Celebrar as conquistas profissionais de uma mulher tanto quanto celebram as demonstrações de afeto deveria ser algo mais comum em nossa sociedade. Mais do que isso, deveriam celebrar nossa inteireza. Celebrar a mulher que decidiu ser dona de si mesma, que traçou seu próprio caminho, que escolheu não fazer de um alguém a razão da sua vida, mas partilhar a vida que já tem com outro alguém que valha a partilha. Desejo que a sororidade saia da teoria para a prática e que as ideias de tantas pensadoras tome forma sólida em nossa sociedade e deixem de ser só palavras. Desejo que as mulheres possam celebrar cada vez mais a si mesmas e umas às outras. E, leitora, se ninguém ainda te disse isso hoje, saiba: eu celebro você! Originalmente publicada em: https://feminarioconexoes.blogspot.com/2022/09/linguagem-do-batom-vermelho-por.html
Bienal do Rio 2017 – Mesa Redonda Carreira Literária – Escritor Profissional
No mesmo ano em que estive no lançamento do livro Rio para Não Chorar, também participei da Mesa Redonda do grupo Carreira Literária, na qual cada um dos participantes falou um pouco sobre suas experiências como escritor, revisor e/ou redator. Também foi através do projeto Escritor Profissional que publiquei meu primeiro conto, Capuccino, na coletânea da Turma 5. Foi mesmo um evento incrível! Leia aqui meu conto gratuitamente
Bienal do Rio 2017 – Revisão de apoio do livro “Rio para Não Chorar”, de Marcio Sampaio
Revisar o livro da Isabel me fez relembrar do meu primeiríssimo trabalho de revisão literária: minha participação na equipe de revisão de apoio da obra Rio para Não Chorar, do autor Marcio Sampaio. Assim que entrei para a graduação em Letras: Português-Inglês em 2015, comecei a fazer trabalhos freelancers de tradução e revisão de textos diversos. Me candidatei para essa proposta de trabalho de revisão de apoio em 2016, na qual minha tarefa era ler o livro e identificar, como carioca e moradora da cidade do Rio de Janeiro, os locais mencionados na história e relacioná-los com o tempo histórico no qual a narrativa acontece. Fui não só chamada para participar da equipe como também, em 2017, representei o autor na Bienal do Rio no estande da Chiado Editora por precisar estar ausente do evento para o lançamento do seu livro em sua cidade natal. Rio para Não Chorar é um livro que se passa no Rio de Janeiro de 1980-90 com uma história social sensível e tocante do menino Tomaz, desde sua terna infância à idade adulta. Foi uma experiência e tanto! Recordando, não pude deixar de compartilhar essa bela memória por aqui. Adquira aqui o e-book Adquira aqui o livro físico
Revisão do livro “Minha maternidade atípica”, de Isabele Muniz Corradini
Minha primeira revisão de um livro completo não podia ser mais emocionante! Neste livro, Isabel narra os desafios e bênçãos de sua história como mãe de uma menina especial. É uma narrativa sobre (auto)transformação e muito, mas muito amor! Fico imensamente feliz de saber que fiz parte desse belo projeto! Clique aqui para adquirir seu exemplar
Pausa nas postagens
ATUALIZADO 13/08/2023: Agora todos os meus textos disponíveis online (no meu site, no Feminário Conexões e outros espaços) estão registrados sob a Lei de Direitos Autorais nº 9.610. Qualquer uso sem meu consentimento ou menção sem referência não é permitido. Queridos/as/es, Nos últimos tempos tenho passado por situações desagradáveis envolvendo a divulgação das minhas lives, textos e produções públicas online. Está cada vez mais frustrante divulgar textos, pensamentos, ideias e conexões e ver “versões” desse conteúdo serem absorvidas por terceiros sem nenhuma referência à fonte de suas ideias. Pode não ser plágio descarado, mas para quem compartilha conteúdo com autenticidade é frustrante e desgastante. Por essa razão, estou dando uma pausa no compartilhamento de textos e ideias nas redes sociais e no meu site para focar na escrita e publicação oficial dos meus livros e da minha pesquisa, que são espaços de fato seguros nos quais a autoria não pode ser ignorada. Obrigada a todos/as/es que me acompanham e de fato torcem por mim. Seguimos juntos/as/es! Com carinho e respeito, Carollina Barbosa
O que faz um profissional de Letras?
Nós podemos trabalhar em diversas frentes: Em qualquer área profissional, é normal que tenhamos um foco específico, mas isso não exclui as outras possibilidades de trabalho que sua área oferece. Sendo assim, sempre busco valorizar o meu serviço e o dos outros, honrando todo tempo de estudo e dedicação para saber o que sabemos e chegar onde estamos. Não aceito dar de graça o que é o meu ganha pão e muito menos troco “amizade” por serviços. Acredito que uma amizade sincera fará questão de prestigiar o meu/seu trabalho. Tem uma frase de Cacilda Becker que me inspira muito para manter essa postura, pois com certeza ela não seria quem foi se não respeitasse o valor do seu trabalho. “Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender.” *imagens e montagens autorais
Dica de filme: Documentário “Meninas: gravidez na adolescência”
©Todos os direitos reservados No final da minha graduação, na matéria de Psicologia da Educação, fiz um trabalho sobre o documentário Meninas: gravidez na adolescência. Eu já me entendia feminista e, após ver esse documentário, entendi mais ainda sobre a sociedade na qual estou inserida, sobre as pessoas que me cercavam e a visão de destino que se tinha — ainda se tem — para as mulheres. Em resumo, o rito te passagem de “menina” para “mulher” é quando esta casa e tem filhos. Não é só um rito de passagem, mas é também visto como o alto grau da ascensão social feminina, e se você tem uma situação financeira mais privilegiada, a única mudança é a expectativa na situação financeira que terá o seu parceiro. Trabalho, estudos, carreira… Tudo isso é visto pela sociedade como algo secundário na trajetória da mulher. Tanto que, quando uma mulher desvia da expectativa cega de estrutura familiar — como foi o meu caso, mas deixo minha jornada para uma crônica à parte — todos a sua volta ficam admirados, impressionados, e até mesmo incrédulos devido à toda uma estrutura social onipresente que os induz a acreditar e esperar da mulher apenas um único modo de vida. Veja bem, quero que fique bem claro que não vejo problema algum em casar, ter filhos e dedicar sua vida à este destino, desde que você, mulher, se sinta pessoalmente realizada com essa escolha. O que condeno é quando seguir este caminho não é um desejo direto da mulher, mas sim uma expectativa imposta — silenciosamente ou não — como se outros caminhos não existissem ou não fossem possíveis porque “coitada, ela é tão incapaz”. E meninas que reconhecem essa limitação muito cedo tendem a acreditar nela, se adequando às circunstâncias que a cercam, ou pior, ao que esperam delas — seja lá o que esperam. Em uma entrevista sobre esse documentário, as diretoras Sandra Werneck e Gisela Camara disseram que o objetivo era responder a pergunta “por que uma menina abre mão da adolescência para ter um filho?” e descobriram, enquanto filmavam, que não há uma única resposta, mas que ter um filho pode ser sinônimo de status, especialmente para meninas e mulheres periféricas. De acordo com os relatos das adolescentes Evelyn, Luana, Edilene e Joice, ter um filho era sinal de ser adulta e respeitada. Todas queriam ser vistas dessa forma, e como algumas já tinham experiência de cuidar de irmãos menores, seria algo grandioso para elas ter o seu próprio filho e deixar de cuidar “do filho dos outros”. Outras queriam parar de ser vista como criança e afirmar sua entrada no universo da mulher, então nada melhor do que um filho para marcar essa passagem. Teve também aquelas que foram pegas de surpresa pela gravidez e decidiram abraçar esse caminho, muito embora todas elas tivessem consciência da necessidade dos métodos contraceptivos para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. É possível perceber nesse documentário a força que tem uma sociedade patriarcal e sexista na vida e nas escolhas das mulheres desde muito cedo. Todas elas sabiam o que estavam fazendo/escolhendo/vivendo, porém não viam o quanto a realidade periférica delas seria alterada com a chegada de uma criança, pois não viam para si um futuro muito diferente do que a vida que já tinham, exceto Joice, que desejava muito ser da Marinha e foi pega de surpresa com uma gravidez. Indico esse documentário a todas as meninas e mulheres, pais/responsáveis/cuidadores de crianças e adolescentes e a todos os professores de ensino básico. Não é um documentário novo, mas essa realidade ainda persiste e não não pode haver transformação social se não olharmos para o que acontece com a nossa sociedade. Deixo aqui o vídeo do documentário completo.
Crônica: Infância
©Texto autoral. Todos os direitos reservados Esses dias cruzei com um meme de internet que dizia “Nunca foi timidez, sempre foi falta de interesse” e, com um sorriso meio de lado meio debochado, fui levada às minhas memórias de infância. Sempre fui classificada como uma menina muito tímida, embora vez ou outra fosse respondona (ou insubmissa, como preferir). Até tive um pai rigoroso, mas também nunca fui atraída por festanças — se assim fosse, teria dado meu jeito de ir em muitas. Sempre fui atraída pelos livros e muito questionadora. A escola sempre foi meu sétimo céu e os professores, os adultos que eu mais admirava. Nunca vou esquecer de um professor que fez a turma toda ficar em silêncio só para eu fazer uma pergunta porque eu raramente fazia perguntas na aula dele. Lembro de conhecidos que diziam para os meus pais e cuidadores que eu era “estranha” e “devia socializar mais” e como eles se preocupavam com isso. Não queriam que eu me sentisse excluída. O que não entendiam é que eu me excluía por vontade própria. Achava a maior parte das pessoas a minha volta vazias. Adultos inclusos. Uma mistura dos Inocentes do Leblon de Drummond com uma miopia estranha de não olhar o que vai além da ponta do próprio nariz. Não os culpo, veja bem, apenas reproduziam o que socialmente absorveram: a necessidade de caber em caixas. Vestiam suas fantasias como em um eterno carnaval e queriam que eu escolhesse a minha, e esta incluía: falar com quem eu não gostava, bajular quem eu não admirava, rir do que eu não achava graça, me cercar de pessoas que não me significavam nada. Essa fantasia nunca me coube, sempre foi apertada demais. Quando eu era criança eu gritava e esperneava, depois de alfabetizada fiz das folhas em branco e dos livros escritos minha segunda casa. Como sou grata aos meus pais e cuidadores pela paciência que tiveram! Não me podaram, direcionaram. A vida foi passando, fui estudando e encontrando meus iguais. Hoje, mestranda em universidade federal, escritora publicada e professora, olho para trás e sorrio um sorriso largo, uma risada gorda de satisfação por nunca ter me encaixado em lugar nenhum. Só assim pude descobrir o caminho ao qual eu já pertencia. Há quem hoje em dia, ao ver minhas lives e saber da profissão que escolhi — professor fala pelos cotovelos, não tem jeito — , diga que “mudei muito” e “estou melhor”. É, algumas pessoas serão eternamente inocentes, mesmo não estando no Leblon. Nunca foi timidez, sempre foi falta de interesse. E hoje, em muitos, muitos casos, ainda é. fotos de alguns escritos da minha infância
Resenha em vídeo: Das Tarefas Domésticas, de Paula Quintão
Nesse livro, Paula nos apresenta o invisível por trás do invisível, ou como ela diz “o rio que corre embaixo do rio” das tarefas domésticas. Muitas vezes invisibilizadas e até rejeitadas por outras mulheres, as tarefas domésticas são pilares que nos possibilitam manter certa ordem dentro e fora de nós, além de nos abrir para uma conexão mais sutil com a ancestralidade das mulheres da nossa família. Ao enxergarmos a importância dessas tarefas, também enxergamos a importância dessas mulheres e trazemos suas memórias para perto de nós, dentro de nós. É a casa como um lugar sagrado, o sagrado no dia a dia, nos pequenos detalhes — porém não tão pequenos — do nosso interior que permite nosso exterior existir. Acompanhe Paula Quintão: Instagram Site YouTube