Resenha em vídeo: Das Tarefas Domésticas, de Paula Quintão

Nesse livro, Paula nos apresenta o invisível por trás do invisível, ou como ela diz “o rio que corre embaixo do rio” das tarefas domésticas. Muitas vezes invisibilizadas e até rejeitadas por outras mulheres, as tarefas domésticas são pilares que nos possibilitam manter certa ordem dentro e fora de nós, além de nos abrir para uma conexão mais sutil com a ancestralidade das mulheres da nossa família. Ao enxergarmos a importância dessas tarefas, também enxergamos a importância dessas mulheres e trazemos suas memórias para perto de nós, dentro de nós. É a casa como um lugar sagrado, o sagrado no dia a dia, nos pequenos detalhes — porém não tão pequenos — do nosso interior que permite nosso exterior existir. Acompanhe Paula Quintão: Instagram Site YouTube

Resenha: Organize-se num Minuto, de Donna Smallin

Como já é comum por aqui, gosto de iniciar o ano com alguma resenha que fale sobre organização e para iniciar 2023 escolhi o livro Organize-se num Minuto, de Donna Smallin (tradução de Maria Alayde Carvalho). Organize-se num Minuto é um livro simples composto por 500 dicas práticas de organização divididas em duas partes: Como se organizar e Como se manter organizado. As dicas de organização abordam diversas áreas da vida — de gestão de tempo, passando por organização financeira, organização da casa, escritório e outros — e podem ser colocadas em prática imediatamente após a leitura da dica. Por ser um livro mais para consulta do que para leitura corrida, você pode pegar para ler quando quiser e apenas a parte necessária no momento, mas também pode ler ele todo em poucas horas. O design é colorido e com algumas ilustrações, a linguagem é simples e bem humorada. Indico esse livro a todos que querem começar 2023 com a vida mais organizada. Um feliz 2023 a todos!

Resenha: “De Repente, Natal”, de Luana Schrader

Em De repente, Natal, Luana Schrader — autora dos romances Serendipity e Fios do Destino — estreia com sua primeira coletânea de contos natalinos, trazendo para o leitor um pouco da atmosfera mágica do natal em quatro histórias de contextos e personagens distintos. No conto Chalé para dois, a autora apresenta a história dos colegas de escritório Melanie Abrams e Ethan Archibald, dois personagens avessos ao natal e que não se dão muito bem. No entanto, ao se verem forçados a compartilhar a companhia um do outro desde o voo para fugirem do natal de Noa Iorque até a estadia dos chalés de inverno, descobrem que podem apreciar a companhia um do outro muito mais do que imaginavam. Em Surpresa de Natal, Olive encontra um filhote de cachorro abandonado amarrado em um poste numa bela e fria manhã londrina enquanto estava presa em um engarrafamento. Ao socorrê-lo, encontra Henry, um veterinário que também iria socorrer o animalzinho. Ao ver que Olive iria adotá-lo, Henry se oferece para examiná-lo o quanto antes e ambos descobrem que podem ter muito mais coisas em comum além do seu amor pelos animais. Entre cigarros e croissants, um beijo de Natal conta a história da portuguesa Catarina que decide tirar umas férias da sua vida indo passar o natal sozinha em Paris. Desde seu desembarque, seus caminhos têm cruzado com os do francês Gustave, que mora em Lyon e estava apenas de passagem por Paris. Dois desconhecidos que sabiam pouco mais do que os nomes um do outro, mas decidiram dar uma chance ao destino e às surpresas do natal parisiense, mesmo que a magia não dure para sempre. Por fim, Um presente de Natal apresenta a história de Sofia que, após o difícil fim de um longo relacionamento amoroso, é premiada com uma viajem à cidade de Gramado com tudo pago no estilo da Fantástica Fábrica de Chocolate. Durante a viagem ela conhece Odete, que com sua história de vida irá transformar magicamente o rumo da vida de Sofia. São histórias ao mesmo tempo mágicas e humanas. Quatro contos curtos de leitura leve e fluida que nos mostram, acima de tudo, que a magia do natal está dentro de nós, apenas precisamos nos permitir vivê-la. Indico esse livro para todos que gostam de histórias natalinas e querem se sentir ainda mais envolvidos por essa atmosfera nesse final de ano. Clique aqui para conhecer e adquirir os livros da autora

Resenha: A casa do Escritor, de Vera Lúcia M. Carvalho

Como leitora, acredito que podemos apreciar diversos tipos de leitura pelos mais diversos motivos e todos contribuírem com nossa bagagem de leitores e, porque não, também com a nossa bagagem pessoal. O livro “A casa do Escritor” é um romance espírita escrito por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho publicado em 1993. Embora seja um gênero que eu não fale muito por aqui, leio e decidi compartilhar uma resenha sobre a obra. Ditado por Patrícia, o livro narra a trajetória da moça pelas diversas escolas e casas de estudo das realidades espirituais que ela visita. Acompanhada por amigos de longa data, Patrícia visita A Casa do Escritor, uma escola de estudos sobre psicografia para desencarnados que se localiza em uma colônia brasileira. Nesta escola, os desencarnados desenvolvem suas habilidades na comunicação escrita a fim de conseguirem transmitir mensagens aos encarnados através da transmissão de pensamento e psicografia de forma não violenta e benéfica para os dois lados, visto que estas duas habilidades podem ser utilizadas por qualquer desencarnado, de forma construtiva ou destrutiva. Da mesma autora de “Vivendo no mundo dos espíritos” e “Violetas na janela” (traduzido para três idiomas),  este livro é escrito em linguagem clara e acessível, porém mais voltado para um público que tenha conhecimento sobre o Kardecismo, por utilizar alguns termos próprios deste estudo/doutrina. No entanto, mesmo quem nunca teve contato com esse conhecimento entenderá a história sem dificuldades. Os romances espíritas não são voltados para a estética literária como estamos acostumados a analisar, então este é um livro que indico apenas para quem gosta do gênero e, com base em suas crenças, tem curiosidade sobre como seria a relação entre a espiritualidade e a escrita.

Mês das Mulheres – Livros que me marcaram como Mulher

©Todos os direitos reservados Parafraseando bell hooks, a teoria também pode ser um lugar de cura ❤️‍🩹📕 Aproveitando o mês da Mulher, vim neste curto vídeo falar um pouco sobre duas obras que foram/são um grande marco na minha caminhada de entendimento do Ser Mulher, em especial na sociedade ocidental. 📚O Segundo Sexo, de Simone de Beauvoir 📚Mulheres que Correm com Lobos, de Clarissa Pinkola Estés

Resenha: As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres, de Ana Isabel González

©Todos os direitos reservados Que o dia Internacional da Mulher é um dia simbólico das nossas lutas por direitos isso já entendemos, mas qual é a origem desse dia? Em “As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres” a pesquisadora Ana Isabel González faz um levantamento histórico dos movimentos feministas ao redor do mundo — em especial Europa (Ocidental e Oriental) e Estados Unidos, os grandes centros de luta por direito das mulheres — com o objetivo de rever os acontecimentos “míticos” que marcam esse dia, em especial o incêndio da fábrica têxtil em Nova York, que erroneamente é conhecido como um marco do movimento feminista. O que a autora revela é que, por mais relevante que seja esse e outros acidentes semelhantes, estes são fatos isolados do movimento feminista e da criação do Dia Internacional da Mulher. Segundo as pesquisas de González, o movimento feminista surgiu simultaneamente nos EUA, França, Inglaterra e Rússia, já dividido entre o feminismo burguês e o operário. Apesar das diferenças, a luta pelo sufrágio — o direito ao voto — foi o que uniu essas duas correntes por um bom tempo. A Rússia segue um calendário diferente do ocidental, então o “8 de março” surgiu no ocidente, pois lá era outra data. Inclusive, existiram diversas datas para marcar esse dia de luta de direitos até que o 8 de março fosse estabelecido. Acredito que conhecer o passado é importante para compreender o presente e construir um futuro melhor ou, no mínimo, diferente. Todos os fatos apresentados são muito esclarecedores e interessantes de se pensar. Apesar de teórico, o livro tem uma linguagem fluida e não senti dificuldades com a leitura. Talvez quem não esteja familiarizado com o tema sinta alguma dificuldade para acompanhar a ordem das informações, que nem sempre estão em ordem cronológica. No fim do livro a autora disponibiliza uma lista da bibliografia utilizada, anexo com 5 textos mencionados ao longo do livro e uma lista de siglas e instituições também mencionadas em sua pesquisa. As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres é um livro que indico para qualquer pessoa que queira se esclarecer sobre as origens dos movimentos feministas e sobre os direitos que lutamos continuamente para manter. “Nem na família, nem no âmbito público eu tinha ouvido falar sobre toda dor que a mulher deve suportar.” Ottilie Baader, apud González, p.53.

Resenha: Os Quatro Compromissos, de Don Miguel Ruiz

(Resenha de 2020) Eu tinha preparado uma outra resenha para meados desse mês, porém com a questão do Setembro Amarelo resolvi dar prioridade para um tema mais terapêutico. Don Miguel Ruiz é um instrutor de tratamentos terapêuticos baseados no antigo xamanismo Tolteca, do qual sua família é descendente (seu avô é um xamã nagal e sua mãe uma curandeira). Antes de seguir o caminho de seus ancestrais, Miguel se formou em medicina e chegou a ser neurocirurgião. Em Os Quatro Compromissos: O Livro da Filosofia Tolteca, o autor apresenta quatro compromissos que são a base da filosofia desse povo que teve sua origem em terras mexicanas. Os quatro compromissos são:1 – Seja impecável com a sua palavra: alinhe o que você sente com o que você diz. Seja verdadeiro.2 – Não leve nada para o lado pessoal: o que é seu é seu, o que é do outro é do outro.3 – Não tire conclusões precipitadas: pergunte, dialogue, fale e escute o outro com atenção.4 – Sempre dê o melhor de si: nem preguiça nem exaustão, dê o seu melhor e tenha sua consciência tranquila. É um livro que eu já li mais de uma vez e recomendo muito. Li antes, durante e depois da minha formação em terapia holística, e não só foi um divisor de águas na forma prática de eu encarar o mundo como também me traz diversas reflexões a cada vez que o leio.A edição da foto é um livro de 100 páginas, com letras confortáveis e pouco mais de um palmo de altura. Ele contém uma breve introdução contextualizando a história dos Toltecas e do Miguel. Embora pequeno, não posso dizer que já absorvi desse livro tudo o que podia — e será que é possível dizer isso de algum livro? 💛🌻