AVISO – Leia até o final!

Queridos seguidores, há um ano minha interação no mundo virtual mudou radicalmente por essa razão (clique aqui). Sendo assim, reforço o aviso de que: Independente de qualquer vínculo que eu possa ter tido anteriormente, todo tipo de contato que você receber mencionando meu nome, não fui eu que iniciei. Caso tenha dúvidas, pode entrar em contato comigo diretamente pelo formulário de contato do meu site. At.te. Carollina da Costa Barbosa

1º de maio: sobre o trabalho intelectual

©Texto autoral. Todos os direitos reservados. Apenas um meio para um fim, é como nossa sociedade enxerga o trabalho. Professor é um trabalho reconhecido, revisor é reconhecido no meio em que trabalha, pesquisador é um trabalho invisível se você não estiver num laboratório de jaleco branco e escritor nem é reconhecido como um trabalho de fato. Todo tipo de trabalho é importante e necessário em nossa sociedade, porém neste Primeiro de Maio venho ressaltar a importância do trabalho que não tem apenas um fim monetário, utilitário, na “roda de ratos” da economia. E que, sem ele, nem mesmo os sistemas econômicos existiriam tal qual os conhecemos hoje.O trabalho intelectual abrange uma variedade de atividades que envolvem pensamento crítico, criatividade, pesquisa e análise, além de ser um dos responsáveis pela perpetuação dos conhecimentos de povos e culturas através de professores, filósofos, escritores e artistas, por exemplo.Mesmo na atualidade, com a criatividade sendo cada vez mais comercializada — ou mesmo explorada — em diversos serviços, o impacto social do trabalho intelectual não é necessariamente imediato, porém sua relevância é inegociável.Um feliz dia do trabalho a todos os tipos de trabalhadores!

O que faz um profissional de Letras?

Nós podemos trabalhar em diversas frentes: Em qualquer área profissional, é normal que tenhamos um foco específico, mas isso não exclui as outras possibilidades de trabalho que sua área oferece. Sendo assim, sempre busco valorizar o meu serviço e o dos outros, honrando todo tempo de estudo e dedicação para saber o que sabemos e chegar onde estamos. Não aceito dar de graça o que é o meu ganha pão e muito menos troco “amizade” por serviços. Acredito que uma amizade sincera fará questão de prestigiar o meu/seu trabalho. Tem uma frase de Cacilda Becker que me inspira muito para manter essa postura, pois com certeza ela não seria quem foi se não respeitasse o valor do seu trabalho. “Não me peça para dar de graça a única coisa que tenho para vender.” *imagens e montagens autorais

Ecos Poéticos na revista Cassandra

O Ecos Poéticos foi criado em 2020 por Beatriz Cândido, Daniela Laubé e outras membros. Entrei para a equipe de administração do coletivo ao lado das duas primeiras em meados de 2021 e agora, em abril de 2023, encerramos esse ciclo poético almejando expandir nossos caminhos individuais e torcendo para que cada membro encontre o seu. Guardo com carinho os aprendizados que tive ao lado dessas duas mulheres incríveis! Segue abaixo nossa entrevista para a revista Cassandra, em 2021, apresentando o coletivo Ecos Poéticos. Leia a entrevista completa aqui ou continue nessa página. -_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_ Criado em 10 de outubro de 2020, o Ecos Poéticos é um espaço de democratização da escrita e conexão entre autores. O coletivo nasceu de uma sensação de solidão coletiva e da vontade de pertencer a um grupo de escritores que privilegiasse a diversidade entre os membros e a rica troca de experiências literárias e criativas que só essa união pode oferecer. Atualmente com cerca de 80 membros, o Ecos Poéticos concentra e divulga textos autorais de diferentes estilos, produzidos por pessoas com diferentes formações, camadas sociais e faixas etárias. Propomos desafios de escrita mensais para nossos membros a partir de algum tema e de referências variadas, como obras literárias, filmografias, artes plásticas e mesmo palavras únicas. Escrever sobre o novo ou reviver memórias também é parte do desafio, mas essas lentes ficam ao gosto do escritor. Vale ressaltar que todos os textos do perfil são inéditos e podem ser acessados aqui. Em tempos de pandemia, o coletivo tem se tornado um porto seguro para muitos de nossos membros, que têm na escrita uma válvula de escape ou alento para enfrentar a dura realidade que se apresenta desde dezembro de 2019. Unidos pela produção e pelas trocas, suscitamos o senso de pertencimento comunitário a uma rede de apoio, pelo qual acreditamos tornar o usualmente solitário trabalho dos escritores uma missão conjunta mais prazerosa. Idealizadoras Beatriz, Carollina e Daniela são as responsáveis por manter o coletivo a todo vapor. Cada uma das organizadoras possui funções pontuais pelas quais são responsáveis, mas todas trabalham juntas em diálogo com os membros, buscando sempre o melhor para o coletivo. Beatriz Cândido é de São Paulo, trabalha como técnica de enfermagem e é poeta nas horas vagas, com participação em coletâneas e antologias. É a fundadora do coletivo Ecos Poéticos e responsável pela gestão de pessoas, contato com novos membros e organizações gerais do Ecos Poéticos nas redes sociais. Conheça o trabalho da autora aqui. Carollina Costa é carioca e licencianda em Letras Inglês na UFRJ. Professora de inglês e escritora, Carol possui publicações em coletâneas e antologias, além de ser autora dos livros de poemas O Singular do Dual e 30 Dias 30 Poemas, publicados de forma independente. No coletivo, cria os layouts das imagens com os textos dos membros. Conheça o trabalho da autora aqui. Daniela Laubé é de Belo Horizonte, mãe, mediadora de conflitos e advogada apaixonada pela linguagem. No Ecos Poéticos, Dani é responsável pela interlocução com o público, apresentando as lives e os saraus. Autora do livro Preliminares, que será lançado pela Litteris Editora na próxima Bienal do Rio. Conheça o trabalho da autora aqui.

Resenha em vídeo: O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconselos

Metade de mim queria abandonar esse livro ao fim de cada capítulo e esquecer que ele existia. A outra metade queria engolir esse livro em horas e divulgar ao máximo. Escolhi seguir essa outra metade. Terminei de ler e gravei, gravei e divulguei a resenha no mesmo dia. Meu Pé de Laranja Lima é um romance autobiográfico escrito por José Mauro de Vasconcelos (1920-1984) que se tornou um clássico da literatura brasileira, apesar de ter sido rejeitado pela crítica erudita da época. É belo e poético, mas também é duro, violento e, porque não, com personagens adultos um tanto quanto sádicos. Não é um livro fácil de ler (ou filme ou novela de se assistir, porque também teve adaptações audiovisuais), mas considero extremamente essencial para pensarmos nossa sociedade e seu adultocentrismo doente. O quanto será que mudou em 103 anos?

Resenha: Fios do Destino, de Luana Schrader

Em seu segundo romance, Luana Schrader — autora do romance Serendipity — apresenta a personagem Marianna voltando para sua cidade de Alvorecer do Sul (cidade fictícia localizada no interior do sul do Brasil) 12 anos após tentar fugir do que vivera por lá. Tendo que dar adeus à sua antiga vida na Itália por conta de um trágico acidente do qual foi uma das poucas sobreviventes, Marianna volta ao Brasil para resolver pendências acumuladas do falecimento de sua avó e se depara com uma nova vida “pronta” para ser vivida. Sem conseguir dar conta do recente acidente que passou, e muito menos dos problemas mal resolvidos que começam a ressurgir logo que chega em sua cidade natal, Marianna diz a si mesma que é melhor “seguir o fluxo” dos dias até terminar de resolver as pendências de falecimento o quanto antes e poder voltar para a Itália e recomeçar por lá. No entanto, a viagem que era para ser uma breve passagem passa a ser cada vez mais prolongada, à medida que retoma o contato com seus amigos e conhecidos de infância da antiga cidade e, claro, com as mágoas guardadas de um relacionamento interrompido por ela anos atrás. Há muitos desdobramentos e reviravoltas ao longo da história, sendo Marianna e Afonso os personagens e casais mais intensos — de todas as formas possíveis. O romance é narrado em primeira pessoa e o universo interno de Marianna é o grande protagonista da história. Conflitos entre um passado trágico, presente ameno e futuro incerto fazem a personagem oscilar entre seus medos e desejos, mas, por fim, sempre tomando suas decisões buscando honrar sua liberdade e a chance que a vida lhe deu de recomeçar. A atmosfera mágica que dá nome ao livro fica por conta das expressões da natureza e das manifestações do cotidiano que se desdobra para Marianna quando ela decide viver um dia por vez. Desde a lenda chinesa Akai Ito, que fala sobre um fio vermelho que conecta pessoas e corações, até a onipresença de sua querida avó, a sutileza das sincronicidades reforçam, para a personagem, a importância de fazer valer seu renascimento em vida seguindo em frente, fazendo as pazes com seu passado e escolhendo os melhores caminhos para continuar realizando seus sonhos. De escrita fluída e rica em detalhes, Fios do Destino é uma leitura leve, porém com cenas de acidentes, aborto e abandono que podem ser gatilhos para alguns leitores, então é importante deixar clara essa informação. No que diz respeito ao design do livro, o Faraglioni da ilha italiana de Capri é a imagem que ilustra a capa, o início de cada uma das 4 partes da história, o epílogo e é também um dos cenários principais da história, ao lado de Alvorecer do Sul. O tamanho da fonte é confortável para os olhos e a divisão das cenas é marcada com uma pequena ilustração de avião, o que facilita a leitura dos capítulos longos e não nos deixa com aquela agonia de “preciso terminar o capítulo de qualquer jeito”, já que podemos parar em qualquer parte sem nos perdermos. Indico Fios do Destino para quem gosta de romances românticos, mas nem tanto, e quem gosta de ler com a sensação de que está vendo um filme. Cheiros, texturas, cores, sabores… Um tipo de escrita que também está presente no romance de estreia da Luana, Serendipity, e que faz o leitor mergulhar na história como quem mergulha nas águas de Capri.

Resenha: A casa do Escritor, de Vera Lúcia M. Carvalho

Como leitora, acredito que podemos apreciar diversos tipos de leitura pelos mais diversos motivos e todos contribuírem com nossa bagagem de leitores e, porque não, também com a nossa bagagem pessoal. O livro “A casa do Escritor” é um romance espírita escrito por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho publicado em 1993. Embora seja um gênero que eu não fale muito por aqui, leio e decidi compartilhar uma resenha sobre a obra. Ditado por Patrícia, o livro narra a trajetória da moça pelas diversas escolas e casas de estudo das realidades espirituais que ela visita. Acompanhada por amigos de longa data, Patrícia visita A Casa do Escritor, uma escola de estudos sobre psicografia para desencarnados que se localiza em uma colônia brasileira. Nesta escola, os desencarnados desenvolvem suas habilidades na comunicação escrita a fim de conseguirem transmitir mensagens aos encarnados através da transmissão de pensamento e psicografia de forma não violenta e benéfica para os dois lados, visto que estas duas habilidades podem ser utilizadas por qualquer desencarnado, de forma construtiva ou destrutiva. Da mesma autora de “Vivendo no mundo dos espíritos” e “Violetas na janela” (traduzido para três idiomas),  este livro é escrito em linguagem clara e acessível, porém mais voltado para um público que tenha conhecimento sobre o Kardecismo, por utilizar alguns termos próprios deste estudo/doutrina. No entanto, mesmo quem nunca teve contato com esse conhecimento entenderá a história sem dificuldades. Os romances espíritas não são voltados para a estética literária como estamos acostumados a analisar, então este é um livro que indico apenas para quem gosta do gênero e, com base em suas crenças, tem curiosidade sobre como seria a relação entre a espiritualidade e a escrita.

Resenha: Serendipity, de Luana Schrader

Serendipity, romance de estreia de Luana Schrader, conta a história da romancista brasileira Louise comprando uma passagem só de ida para Paris em busca de uma nova história e também de se refazer de um passado doloroso. Lá ela faz novas amizades e conhece Nicolas, que desde o início já se torna uma pessoa muito mais importante do que ela esperava. Cheio de altos e baixos mas com final feliz, Serendipity é o tipo de história que te prende do início ao fim, sempre tendo o amor como fundo de seus acontecimentos. Li a versão ebook Kindle de 151 páginas, mas pouco tempo depois comprei minha versão física autografada porque né?! 📚🥰📚 O livro possui as indicações de cada capítulo em letras grandes e desenhadas, além de uma frase de destaque para provocar a curiosidade do leitor. As letras do texto em si são adaptáveis no dispositivo. A linguagem é fluída e cada cena é narrada como se fosse uma cena de filme, sem faltas nem excessos de descrição. As ilustrações de capa e contracapa são belíssimas e nos transportam diretamente para a história. História leve e divertida, mas ao mesmo tempo com seus momentos de tensão, o romance de Luana Schrader é uma ótima pedida para quem gosta de livros que te fazem mergulhar na história quase como um observador onisciente.

Foto Histórica – Escritoras do RJ – 12/06/2022

Foto histórica de escritoras cariocas no TMRJ: eu fui ❤️📚E foi cheio! Foi lindo!12/06/2022 Veja aqui um pedacinho do evento Veja minha entrevista para o canal da Cristiane Oliveira Veja aqui a matéria do jornal O Globo sobre o evento (13/06/2022)

Resenha: As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres, de Ana Isabel González

©Todos os direitos reservados Que o dia Internacional da Mulher é um dia simbólico das nossas lutas por direitos isso já entendemos, mas qual é a origem desse dia? Em “As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres” a pesquisadora Ana Isabel González faz um levantamento histórico dos movimentos feministas ao redor do mundo — em especial Europa (Ocidental e Oriental) e Estados Unidos, os grandes centros de luta por direito das mulheres — com o objetivo de rever os acontecimentos “míticos” que marcam esse dia, em especial o incêndio da fábrica têxtil em Nova York, que erroneamente é conhecido como um marco do movimento feminista. O que a autora revela é que, por mais relevante que seja esse e outros acidentes semelhantes, estes são fatos isolados do movimento feminista e da criação do Dia Internacional da Mulher. Segundo as pesquisas de González, o movimento feminista surgiu simultaneamente nos EUA, França, Inglaterra e Rússia, já dividido entre o feminismo burguês e o operário. Apesar das diferenças, a luta pelo sufrágio — o direito ao voto — foi o que uniu essas duas correntes por um bom tempo. A Rússia segue um calendário diferente do ocidental, então o “8 de março” surgiu no ocidente, pois lá era outra data. Inclusive, existiram diversas datas para marcar esse dia de luta de direitos até que o 8 de março fosse estabelecido. Acredito que conhecer o passado é importante para compreender o presente e construir um futuro melhor ou, no mínimo, diferente. Todos os fatos apresentados são muito esclarecedores e interessantes de se pensar. Apesar de teórico, o livro tem uma linguagem fluida e não senti dificuldades com a leitura. Talvez quem não esteja familiarizado com o tema sinta alguma dificuldade para acompanhar a ordem das informações, que nem sempre estão em ordem cronológica. No fim do livro a autora disponibiliza uma lista da bibliografia utilizada, anexo com 5 textos mencionados ao longo do livro e uma lista de siglas e instituições também mencionadas em sua pesquisa. As origens e comemoração do dia Internacional das Mulheres é um livro que indico para qualquer pessoa que queira se esclarecer sobre as origens dos movimentos feministas e sobre os direitos que lutamos continuamente para manter. “Nem na família, nem no âmbito público eu tinha ouvido falar sobre toda dor que a mulher deve suportar.” Ottilie Baader, apud González, p.53.

11ª SIAc – UFRJ

Nesta sessão eu apresento minha pesquisa acerca da influência dos jogos do tipo MMORPG no desenvolvimento da oralidade de alunos brasileiros estudantes de inglês como língua estrangeira em sala de aula. Principais referências bibliográficas: GEE, James Paul. What Video Games Have to Teach Us about Learning and Literacy. Palgrave Macmillan, 2003. FADEL, Luciane Maria et al. Gamificação na Educação. São Paulo: Pimenta Cultural, 2014. MALONE, Susan. Theories and research of second language acquisition. SIL International. Bangkok, 2012.

Resenha: Os Quatro Compromissos, de Don Miguel Ruiz

(Resenha de 2020) Eu tinha preparado uma outra resenha para meados desse mês, porém com a questão do Setembro Amarelo resolvi dar prioridade para um tema mais terapêutico. Don Miguel Ruiz é um instrutor de tratamentos terapêuticos baseados no antigo xamanismo Tolteca, do qual sua família é descendente (seu avô é um xamã nagal e sua mãe uma curandeira). Antes de seguir o caminho de seus ancestrais, Miguel se formou em medicina e chegou a ser neurocirurgião. Em Os Quatro Compromissos: O Livro da Filosofia Tolteca, o autor apresenta quatro compromissos que são a base da filosofia desse povo que teve sua origem em terras mexicanas. Os quatro compromissos são:1 – Seja impecável com a sua palavra: alinhe o que você sente com o que você diz. Seja verdadeiro.2 – Não leve nada para o lado pessoal: o que é seu é seu, o que é do outro é do outro.3 – Não tire conclusões precipitadas: pergunte, dialogue, fale e escute o outro com atenção.4 – Sempre dê o melhor de si: nem preguiça nem exaustão, dê o seu melhor e tenha sua consciência tranquila. É um livro que eu já li mais de uma vez e recomendo muito. Li antes, durante e depois da minha formação em terapia holística, e não só foi um divisor de águas na forma prática de eu encarar o mundo como também me traz diversas reflexões a cada vez que o leio.A edição da foto é um livro de 100 páginas, com letras confortáveis e pouco mais de um palmo de altura. Ele contém uma breve introdução contextualizando a história dos Toltecas e do Miguel. Embora pequeno, não posso dizer que já absorvi desse livro tudo o que podia — e será que é possível dizer isso de algum livro? 💛🌻